Deputado Jovair Arantes, um dos mais apropriados para a sujeira golpista

Jovair

Prezada Francilene Marques

Não nos cabe julgar nem falar mal das pessoas. Isso é tarefa das mais sórdidas que a direita e os coxinhas fazem.

Em tese o ser humano é precioso e merece todo o respeito de cada outro ser humano.

Porém, seria romantismo dos mais primários imaginar que há seres humanos que não sejam ruins, mau caráter e comprometidos com a destruição do bem social, inclusive os que pensam somente em si e nos seus próprios negócios.

Centrar-se como eixo do mundo já é em si uma das origens dos grandes males que atentam contra a organização social coletiva dos que pensam e lutam pelo bem de todas as pessoas.

É aí que se encaixa o deputado Jair Arantes, o maléfico relator da comissão do impeachment.

Há consenso de que o impeachment contra a Presidenta Dilma tem como origem o coração sem consciência e pleno de má fé do deputado Eduardo Cunha, aquele que sempre põe suas cunhas nas maiores sujeiras do Brasil contemporâneo.

Ora, a lógica é simples. Se o impeachment é obra do que há de mais sujo, inclusive a vingança do ainda presidente da Câmara, implicado em investigações e julgamentos por falta de decoro, por contas em paraísos fiscais, por mentir, por golpismo e por associação com crimes, é evidente que Cunha teria que contar na relatoria com um pau mandado de sua mais estrita confiança.

Jovair Arantes é o melhor indicado para o cargo do golpe. Golpe dos mais sujos, nojentos e desclassificados, que somente os desclassificados eticamente defendem.

O jornalista Miro Borges faz compilação do noticiário da própria mídia golpista sobre o guri de recado de Eduardo Cunha, o ignóbil Jovair Arantes. Vale a pena ler aqui.

Destaco apenas algumas informações para se entender as pessoas que movimentam o projeto de ameaça aos interesses nacionais e democráticos. Elas são muito comprometidas com o que há de pior no subterrâneo das ameaças a nós todos, principalmente dos pobres abençoados pelos programas sociais. É bom salientar que Jovair Arantes é apenas um dos mais sujos que tumultuam o xadrez da democracia. Mas ao olharmos para ele entenderemos muito do que são os outros.

Desde uma matéria da revista lixo Veja Miro destaca que este órgão, em janeiro de 2012, desenhou o soldado de Eduardo Cunha como integrante dos deputados chamados do baixo clero da Câmara. Estas são pessoas sem expressão mas dispostas a qualquer negócio para ganhar visibilidade. São capazes de se vender por pouco, visando interesses pessoais e mesquinhos. Pois Arantes é um dos principais generais desse submundo de deputados.

Jovair Arantes é braço direito do comandante do pelotão de choque de Collor de Mello, que entrava e saia armado das secções da Câmara dos Deputados. Roberto Jefferson, servido por Jovair Arantes, é mensaleiro confesso e condenado por usar dinheiro público em favor de si mesmo.  Por isso foi preso.

O deputado por Goiás funciona como espécie de empregado obediente de Eduardo Cunha. “Atua nos bastidores do Conselho de Ética da Casa como um coronel do exército de Cunha, nas manobras para paralisar o processo contra o chefe. Assumiu a relatoria do impeachment apenas depois de garantir aos golpistas que condenaria Dilma e ter concordado em ter como seu principal assessor Renato Oliveira Ramos, nada menos que advogado de Cunha”, escreve Mauro Lopes em seu blog citado por Miro.

Mauro escreve mais sobre as ligações sujas de Jovair Arantes: “Interceptações telefônicas revelaram o envolvimento do deputado com o “amigo”, ex-gerente do INSS em Goiás, José Aparecido da Silva (preso em 2010 após ação da Polícia Federal conhecida como “Operação Guia”). Um detalhe: Em 2014 o caso foi arquivado pelo ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF).” Sempre ele, o ministro igualmente sujo e golpista, Gilmar Mendes, protetor de bandidos e de golpistas. Os ratos se atraem!

“A ficha do deputado goiano não para por aí, ele ainda é conhecido por outros ilícitos, comprovados e admitidos publicamente pelo próprio. Em um vasto lote de grampos realizados pela Polícia Federal em fevereiro de 2012, com mais de 200 horas de gravação, o deputado Jovair Arantes aparece em várias delas falando de encontros dele com o chefe do jogo do bicho em Goiás.

A “Operação Monte Carlo” ocorreu com a prisão de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Foram presos também dois delegados da Polícia Federal e o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. De acordo com a reportagem da Revista Época, a investigação da PF apresentou que Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. As gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, mostram que Cachoeira conversava com frequência e intimidade com deputados federais, principalmente com Jovair Arantes e com o ex-senador goiano Demóstenes Torres (então, do DEM), que renunciou ao Senado Federal após o escândalo.

Jovair e mais três deputados apareceram nas gravações feitas pela Polícia Federal em conversas com Cachoeira. A conversa foi peça de análise de uma CPI criada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no mesmo ano, que investigava o envolvimento de parlamentares com Carlinhos Cachoeira. Entretanto, com maioria dos deputados da base aliada ao governo Marconi, a CPI, comandada pelo deputado Hélio de Sousa (DEM), encaminhou as investigações para possíveis contratos firmados entre agentes públicos e prefeitos do PT e PMDB, oposição ao governo estadual, de Marconi Perillo do PSDB.” Com a CPI manobrada a favor de Marconi e de Cachoeira Jovair também participou da pizza.

Somos chamados a pensar a nos posicionar sobre o golpe a caminho através do Congresso Nacional, iniciando por essa escandalosa comissão do impeachment, contando com um dos mais desonrados deputados, também integrante da maléfica bancada da bola, apoiada e alimentada pela Globo, o senhor Jovair Arantes.

Como diz o evangelho: “pelos seus frutos os conhecereis”. O povo também afirma na sua sabedoria: “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és.”

Os maus frutos e as más companhias estão com os golpistas da comissão do impeachment.

Interessa-lhes a destruição dos programas sociais e o encaminhamento da guerra civil, banhando de sangue as ruas, campos e matas do Brasil. Aliás, banho de sangue que já começou com a matança de trabalhadores rurais (escrevi aqui) e nas expressões das gritarias histéricas dos fascistas bolsonorazistas (seguidores/as do deputado nazista Jair Bolsonaro, que é candidato a presidente  pelo Partido Social Cristão,  que de social não tem nada e de cristão muito menos).

  • Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
  • Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.

 

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