imagem A sagacidade demoníaca de José Serra versus maldades infantis de Aécio Neves

Aécio chorão

Querida Professora Ângela Carvalho
Minha amiga, fazes parte de uma das turmas de alunas mais promissoras e produtivas que já tive.
Conhecer-te em sala de aula num sábado, em que marcaste presença de modo inteligente, crítico, questionador e belamente inquieto, é um dos prazeres que se assemelham à esperança de se ver que há pessoas especiais e promissoras.
Mudando de assunto, frequentemente recebo críticas e reparos sobre os temas que trato neste blog. Dizem que um bispo não deve tratar de temas políticos, principalmente se seguir pelo caminho popular em defesa da nação e da democracia radicalmente de interesse do povo.
Há alguns dias um bispo foi extremamente violento e deselegante comigo ao dizer que neste blog só trato de besteiras. Claro, na visão dele que defende Aécio Neves, José Serra, o mercado e a elitização da economia, eu deveria tratar somente de coisas espirituais, de coisas que elevam a Deus. O aludido bispo celebra e prega sempre as mesmas coisas e no mesmo tom em quaisquer circunstâncias: faça sol, faça chuva, haja paz ou guerra, opressores que oprimam ele não se move e não se preocupa com nada, Joga tudo no colo de Deus, completamente descomprometido em sua clamorosa alienação oportunista. Para ele os profetas e as denúncias de Jesus contra os opressores que massacravam o povo sob o tacão da injustiça desumana deveriam ser rasgados da Bíblia.
Não pude nem argumentar tal foi sua arbitrariedade e sectarismo, para ele, isto sim, plenamente admissível para um bispo, desde que seja de direita e antiesquerda. Para ele é normal bispos, padres, pastores, caciques, pai de santos, médiuns etc ser manipulados pela mídia comercial historicamente golpista. É muito tranquilo cair na vala comum do discurso fácil sem estudo e sem fundamentação. Ficar aparentemente bem com a burguesia impatriótica e corrupta é coisa “espiritual” e adequada para igrejeiros.
Lamentavelmente boa parte do cristianismo guinou para a direita de modo escandaloso, oportunista, economicista, alienado e até traiçoeiro ao projeto de Jesus, que viveu pobre e lutou com os pobres palestinenses no seu tempo.
Então continuo aqui e na luta, fiel à minha fé nos caminhos humanos nos quais Deus se faz humano a inspirar a luta pela justiça social.
Neste cenário de crise vemos algumas peças se movendo motivadas por suas crenças. Sim, porque o mal é feito por quem acredita no mal.
Menciono duas pessoas que militam no mesmo campo de direita, nos caminhos sujos, de modo diferente uma da outra.
Uma é o senador Aécio Neves. Este carrega uma história de malandragens, de uma juventude play boy de vida fácil e regada a muito dinheiro nos Estados Unidos.
A outra, o senador José Serra, viveu parte de sua juventude comprometida com as lutas estudantis como presidente da famosa União dos Estudantes Universitários. No último comício do Presidente João Goulart no Rio de Janeiro no dia 13 de março de 1964 discursou defendendo as reformas avançadas no País e em defesa da Petrobras.
Aécio Neves foi deputado federal, senador e governador de Minas Gerais. Nada há na história que identifique algum projeto de relevância de sua atuação política.
Na sua vida pessoal Aécio carrega a marca de machão que bate em mulher. A mídia sua amiga o timbrou como consumidor de drogas e de bebidas alcoólicas, como o Brasil presenciou ao ver o play boy senador de farras no Rio de Janeiro preso numa blitz da polícia, que o flagrou dirigindo sem habilitação e bêbado.
Já José Serra mostra duas caras: uma quando em campanha ao defender a tese fundamentalista contra o aborto, o casamento homoafetivo e na vida pessoal, sua esposa abortou intencionalmente quando jovem.
Aécio Neves tem contra si carretas de denúncias por uso pessoal de dinheiro e patrimônio público. As últimas notícias o apontam como usuário de aeronaves do governo, portanto do povo mineiro por quase uma centena e meia de vezes para fazer festas no Rio de Janeiro e para namorar em Florianópolis quando governava os mineiros.
Aécio não esconde as malandragens e as farras com dinheiro público.
Já José Serra é malandro do tipo que come quieto. Pilhas de denúncias sobre contratos e propinas de empresas com metrôs, trens, ônibus e obras em seus governos em São Paulo são sempre escondidas e protegidas pela mídia comprada.
Enquanto Aécio, no estilo play boy mimado, esbraveja porque não ganhou um brinquedinho chamado Presidência da República, fazendo beicinhos para a direita incendiária do tipo Lobão, Bolsonaro, Caiado e outras maltas, choramingando para ganhar apoio a favor do golpe, José Serra se move em silêncio e em estilo de grande manobrista cara de pau.
José Serra se preocupa com coisas maiores, bem mais expressivas. Sua cara feita de serragem com cimento impressiona.
Tanto faz um tumulto provocado numa igreja no Ceará em 2010 quando distribuiu panfletos caluniosos e criminosos que levou o padre a pedir que ele se retirasse do templo, como a famosa bolinha de papel jogada na sua careca no Rio, quando o entreguista do patrimônio público encenou um drama que repercutiu pela mídia mau caráter como ele, Serra mantém sempre a mesma cara de pau, sem mover os olhos.
Pois então, minha amiga Professora Ângela, o senador José Serra transita com sua famosa cara de pau por entre as poderosas multinacionais do petróleo, conhecidas por ajudarem a provocar guerras e destruição dos países e do meio ambiente, com o objetivo de entregar nossa Petrobras para os ladrões.
Com a mesma cara de pau que exibiu no Ceará, nas igrejas pentecostais quando pastores oportunistas, aos gritos, oraram por ele e por sua vitória na campanha eleitoral de 2010, de olho em canais de TVs e de rádios, de cargos no poder e na bolada de papel no cocuruto, José Serra projeta no Senado uma lei para retirar o pré sal do povo brasileiro e o entregar ao imperialismo.
No mesmo campo direitista, apodrecido, golpista, corrupto, enlameados pelo roubo do patrimônio e dinheiro públicos, dois brasileiros eleitos com os votos do povo nos sacaneiam e contra nós obram o mal. Um é play boy previsível e chorão, o outro um malandro, raposa traiçoeira, imprevisível e matreiro, aproveitando-se da crise de governabilidade para vender e desapropriar nossas riquezas, mas ambos fazem mal ao Brasil.
Um é sempre play boy e chorão mimado, o outro é incoerente, mentiroso e entreguista.
Aécio e José atuam na mesma frente e negociam a alma do Brasil, procurando diuturnamente nos entregar ao inferno.
• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil, OSF: editor deste blog, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário.

Um comentário

  1. Quanto à Igreja Católica, a sua origem foi elitista. Sempre apoiou os poderosos, em detrimento dos mais humildes, que foram a razão de ser da vinda de Cristo a este planetinha. Mas, o tempo passa, e com a eleição do Papa João XXIII, a Igreja começou a sua guinada às origens, ou seja, apoiando e defendendo os mais humildes. Com o atual Papa Francisco acredito que, finalmente, o catolicismo “entrou nos trilhos”, com uma defesa ampla dos povos carentes, defesa do meio ambiente, etc.
    Quanto ao AECIM e o sr. Serra, poderíamos incluir o sr. Aloysio Nunes, ex-Mateus, participou do assalto ao Trem Pagador da Santos-Jundiaí, guarda-costa e motorista do Carlos Marighela (leiam a respeito)que, ainda o salvou da morte, ao enviá-lo em missão para a Europa (França) para denunciar a Ditadura que existia no Brasil. Poderíamos citar outros nomes, aí em Goiás, por exemplo, onde a cúpula do PCB-GO de 1986, hoje fazem parte do “staff” do sr. Perillo. Venderam os seus ideais por “30 dinheiros” (dolar, muito dolar), e com suspeitas de terem “dinheiro escondido no AZTEC Group”, em paraíso fiscal.
    Não gostaria de substituí-los em seu leito de morte pois, com certeza, acumularão, ainda mais, bens materiais, mas já venderam a sua alma. Se o inferno existir, será pouco para eles.

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