Ronaldo túmulo Caiado

Caro estudante Jonathan Malaquias, Campo Grande, MS

Certamente conheces o truculento, grosso e desrespeitoso Ronaldo Caiado, que somente se elegeu senador graças a muito dinheiro de empresas suspeitas e por iludir o povo de Goiás.

Este senhor com voz de ruralista tosco, de botas sujas das terras ensanguentadas pelo sangue de indígenas, escravos e trabalhadores rurais, a quem ele odeia mortalmente, como testemunham fartos documentos da CPT, das pastorais da terra e do MST, mais uma vez faltou com o respeito no Congresso Nacional.

Este senhor é conhecido por votar contra a lei da escravatura no campo, regime que ele deseja vigente no massacre dos trabalhadores rurais.

Caiado destaca-se pelo sobrenome, que lembra a classificação dada por Jesus aos fariseus que se assemelhavam aos túmulos, pintados a cal por fora, mas por dentro fétidos por acolherem cadáveres apodrecidos.

Este senador, que envergonha o Estado de Goiás, além de lembrar túmulos caiados, se assemelha a serpentes venenosas, que chocam ovos com serpentes tão ruidosos e ferinas, como as cascavéis,  quanto ele.

Um discípulo dele, estudante universitário, candidato a vereador pelo DEM, partido de poderosos ruralistas, o mesmo do túmulo caiado, há poucos dias despejou toneladas de venenos sobre professores/as da PUC, seu reitor e, pior, insanamente perturbou o arcebispo metropolitano, Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Ronaldo Caiado usa o cargo de senador, que o povo de Goiás lhe conferiu para que trabalhasse por este estado e pelo Brasil, para cultivar a divisão e o ódio como semente da guerra civil.

Caiado prostitui a instituição Senado e descamba para o horror o cargo que deveria ser de interesse da democracia e da justiça social.

Caiado nunca elaborou projeto de fôlego que interesse ao País. Mas corromper a ação política em favor do golpe de Estado e na destruição da democracia, ah isso ele faz com zelo.

Hoje o túmulo caiado deu mais um espetáculo de horror e de vergonha. Numa audiência pública na Comissão de Agricultura, no Congresso Nacional,  onde o ministro da Reforma Agrária, Patrus Ananias, explicava as metas da Pasta para o ano, o desrespeitoso senador, que envergonha o povo bom e cordial de Goiás, interrompeu aos gritos a autoridade convidada.

O autoritário senhor de escravos no Senado da República não aceita debater nem as ideias que não sejam as suas. Ao rebatê-lo, coisa normal na democracia parlamentar, o senador Donizeti Nogueira e todos os presentes, inclusive a imprensa, ouviram ofensas e acusações sem provas contra pessoas não relacionadas com a audiência e contra o MST, furiosamente odiado pelo feudalista que, sem cérebro como o definiu seu ex comparsa Demóstenes Torres, de dedo em riste na direção do ministro, sempre aos berros, como costuma fazer com seus escravos e gado nas suas poderosas fazendas.

Sem se intimidar com o típico gesto ameaçador dos coronéis decadentes, que o mandou “calar a boca” – a que ponto chega um desqualificado na mais alta casa parlamentar do Brasil –  o senador Donizeti denunciou e listou as condições injustas dos trabalhadores rurais e os assassinatos nos campos e na matas.

A ira do túmulo caiado foi entendida pelo senador e pelos presentes como reação do criminoso de mãos e consciência ensanguentadas, que vestiu a carapuça.

O senador mal eleito por Goiás soma-se à rede dos golpistas ressentidos da República. Eleito para servir aos interesses políticos do povo, Caiado, a cavalo de sua enorme estupidez de cérebro vazio de significado, entrega-se aos desvios de função.

Eleito democraticamente, ainda que suas ligações sejam ocultas e sem explicação, foi para o Senado para atentar contra a democracia.

Nas reuniões de porão homenageiam-lhe como grande líder e ele acredita. Do porão à tribuna crê-se um messias prestes a cair do céu na terra.

Contudo, Ronaldo Caiado não é mais do que a representação do atraso de uma tradição ruralista, que historicamente sempre obstaculizou o desenvolvimento de Goiás e seu sentido de coração do Brasil.

Felizmente, dia amanhecerá pleno de justiça social, livre de assassinos, violentos e golpistas que se pensam donos das terras e da verdade.

Dia chegará quando não mais ouviremos os berros dos coronéis agressores da democracia e ladrões da fé boa dos/as cidadãos/ãs, para nos encantarmos com a arte e a beleza do canto da liberdade e da paz.

• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.